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Justiça decreta prisão preventiva de ex-vereador acusado de tentativa de feminicídio em Garanhuns

Na manhã desta sexta-feira (7 de março), foi realizada a audiência de custódia de Luciano de Souza Cavalcanti, conhecido como Luciano de Lolô, ex-vereador de Tupanatinga e acusado de tentar assassinar uma jovem de 23 anos dentro de um motel às margens da BR-424, em Garanhuns, na madrugada da última quinta-feira (6).

Luciano, de 59 anos, foi preso em flagrante logo após o crime e encaminhado para a Delegacia Regional de Garanhuns. Durante a audiência, o Ministério Público solicitou a prisão preventiva do ex-parlamentar, enquanto a defesa pediu liberdade provisória com medidas cautelares.

O juiz Gabriel Ferreira Ribeiro Gomes considerou que os elementos apresentados indicam materialidade e indícios suficientes de autoria do crime atribuído ao ex-vereador.

“Verifico que a prisão preventiva se faz necessária para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, nos termos do art. 312 do CPP”, afirmou o magistrado.

Além disso, o juiz levou em consideração antecedentes criminais do acusado envolvendo armas de fogo, bem como o risco à vida da vítima e de outras pessoas presentes no motel no momento dos disparos.

“A soltura de Luciano representa grave risco à vida e à integridade física da vítima. Considerando a violência e a determinação demonstradas em sua conduta, há fundado receio de que, em liberdade, possa concretizar sua intenção, consumando o homicídio que foi apenas tentado”, destacou na decisão.

Diante disso, a Justiça determinou que Luciano fosse encaminhado à Cadeia Pública de Garanhuns. No entanto, o magistrado autorizou que a direção do presídio solicite sua transferência para outra unidade prisional do estado, caso necessário, devido à grande repercussão do caso.

A defesa do ex-vereador contestou a decisão e alegou que Luciano de Lolô sofre de transtornos psicológicos e psiquiátricos. Os advogados devem recorrer da decisão para tentar reverter a prisão preventiva do acusado.

O caso segue sob investigação e a Justiça deverá acompanhar o andamento das diligências para definição dos próximos passos do processo.

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